Importância dos satélites foi reconhecida na WRC-19, afirma coalizão do setor
Coalizão que reúne uma série de entidades do segmento de satélites (incluindo a brasileira Abrasat), a Global Satellite Coalition (GSC) manifestou satisfação com as decisões tomadas no âmbito da Conferência Mundial de Radiocomunicações (WRC-19) da União Internacional de Telecomunicações (UIT), encerrada no Egito no último dia 22.
Segundo comunicado, a WRC-19 “provou novamente o vigor e a vitalidade” da indústria ao conter “a invasão ao espectro alocado para serviços de satélites”. Medidas para flexibilidade do uso dos ativos e novas destinações também foram destacadas.
Um dos pontos comemorados foi a decisão de estabelecer condições técnicas e regulatórias para operação de Earth Stations in Motion, ou ESIM, nas bandas de 18 GHz (recepção) e 28 GHz (transmissão). Dessa forma, os três tipos de ESIMs (aeronáutica, marítima e terrestre) poderão utilizar essas faixas para comunicação com satélites geoestacionários (GSO); também foram postas regras para convivência com sistemas terrestres.
Outros aspectos considerados positivos foram a alocação de 1 GHz (51,4-52,4 GHz) para serviços fixos de satélite (FSS); a definição de regulação para satélites não geoestacionários (NGSO) operarem nas bandas Q e V; a decisão de “proteger” a banda C para downlink na África e Ásia pelos próximos anos; e a colocação de itens caros para o futuro do GSO e do NGSO nas bandas Ku e Ka dentro da pauta da WRC de 2023.
Sobre a alocação de espectro para serviços 5G (IMT-2020) e sistemas de grande altitude (High Altitude Platform Station, ou HAPS), a GSC destacou o reconhecimento, pela UIT, da necessidade de proteger os serviços incumbentes – ou a própria indústria satelital. De modo geral, o desejo das operadoras móveis por mais espectro para o novo padrão de redes tem incomodado as empresas do setor.
Fonte: Teletime