Satélite da Telebras estará todo ocupado em 2020, avisa diretor comercial
O satélite da Telebras estará com toda a sua capacidade ocupada no final do próximo ano, afirma seu diretor comercial, Helcio Vieira. A diretoria defende um outro aparelho não só pela questão comercial – a vinda da 5G- como também pelo risco de não poder contar com um back up.
O diretor comercial da Telebras, Helcio Vieira Jr, afirma que o corpo técnico da estatal, juntamente com o Ministério da Ciência Tecnologia, começam a formular o projeto de lançamento do segundo satélite, que replicaria a banda KA (banda larga) e também a banda X (defesa), como é o atual SGDC.
É entendimento da diretoria da estatal, conforme Vieira, que é um risco muito grande para a empresa possuir apenas um satélite, sem qualquer back up, porque o ambiente onde ficam esses aparelhos “é o mais inóspito possível”. “A probabilidade é pequena, mas pode acontecer”, alerta o diretor, também militar de reserva.
Haverá também em pouco tempo necessidade real para a construção e lançamento de novo satélite devido à ocupação completa da atual capacidade. A previsão é que, no final de 2020, os 60 beans do SGDC estejam todos ocupados, sem a Telebras ter como expandir os serviços, se continuar apenas com um satélite.
Apesar de a empresa começar a comercializar a capacidade de seu satélite com quase dois anos de atraso, devido às disputas judiciais e, depois à intervenção do Tribunal de Contas da União (TCU), segundo Vieira, as obrigações do atendimento do Gesac (escolas, hospitais, pontos públicos) e o uso comercial por sua parceria Viasat, irão rapidamente ocupar todo a capacidade do satélite.
Quanto à privatização, Vieira observa que seu backhaul não é de fibra, mas de OPGW, dependente dos postes de energia elétrica, e que qualquer venda da Eletrobras os seus contratos estarão preservados.
Com informações de Telesíntese